sábado, março 21


quando ela chora não sei se é dos olhos para fora, não sei do que ri
eu não sei se ela agora está fora de si, ou se é o estilo de uma grande dama


quando me encara e desata os cabelos, não sei se ela está mesmo aqui
quando se joga na minha cama

ela faz cinema
ela faz cinema
ela é a tal

sei que ela pode ser mil, mas não existe outra igual

quando ela mente, não sei se ela deveras sente o que mente para mim
serei eu meramente mais um personagem efêmero da sua trama?

quando vestida de preto dá-me um beijo seco, prevejo meu fim
e a cada vez que o perdão me clama

ela faz cinema
ela faz cinema
ela é demais

talvez nem me queira bem, porém faz um bem que ninguém me faz

eu não sei se ela sabe o que fez
quando fez o meu peito cantar outra vez...

quando ela jura, não sei por que Deus ela jura
que tem coração
e quando o meu coração se inflama

ela faz cinema
ela faz cinema
ela é assim

nunca será de ninguém, porém eu não sei viver sem
e fim.

então é isso.

traição tem gosto de prazer e morte.

e não há nada que se possa fazer.
algo morre lá dentro, e não volta a ser o que era antes...
acho que é o respeito. pelo menos, sobre certos aspéctos.
muda, transforma o ser; determina suas futuras ações.

é o tipo de ferida que, quando feita pela mão certa, pode até
parar de sangrar. mas continua doendo.
não se pode escapar. qualquer lugar escondido de seu subconciente
pode te levar a uma memória daquelas.

há certas viagens que eu prefiro dispensar...

quinta-feira, março 19

blue

Você chega e sai e some
E eu te amo assim tão só
Tão somente o teu segredo
E mais uns cem, mais uns cem

Como é estranha a natureza
Morta dos que não têm dor
Como é estéril a certeza
De quem vive sem amor, sem amor

Mas tudo azul, tudo azul, tudo azul
Completamente blue
Tudo azul