quinta-feira, janeiro 29

descoberta

Hoje eu tava pensando na importância das nossas palavras, das nossas atitudes, dos nossos gestos para as pessoas.

Pode parecer simplório, mas cada passo dado na direção contrária, aquele olhar por de trás do vidro, o simples toque das mãos, me tornaram um alguém diferente.

Porque não consigo deixar de lado o que me magôa, ou a raiva? Porque não posso esquecer a tarde em que meu coração estava nas mãos de quem não o acolheu?

Hoje eu vejo que as pessoas veêm tudo de forma diferente. Sentem diferente, pensam diferente... e isso parece bom, mas é uma merda.


É difícil manter minha integridade quando sei que muito do que para mim representa, ao outro, não diz nada.



Hoje eu encontrei um papel. Que me mostrou o quando fui tola.
Mas agora não tenho saída. Porque já estou dentro, fora, de um lado, do outro...E por escolha própria. Já não sou eu e sim nós, com tudo que isso representa. Aliás, 'nós' é uma palavra linda.


Por isso que procuro tomar cuidado. Nem toda ferida fecha.

quinta-feira, janeiro 15

aleatório.



As vezes eu me sinto no meio de um filme qualquer,... desses cult moderninhos que passam minutos e minutos só com a imagem das luzes dos carros a noite, com uma música tipo cat power ao fundo.

Parece que entra derrepente no meu tempo uma espécie de fenda, que mostra perfeitamente que tudo é uma grande farsa, nada está no lugar correto, e a boa mesmo é mandar tudo pro quinto dos infernos e ir correndo para praia, ou para os braços dele...

Quando bate esse sentimento meio Matrix, procuro não procurar muita racionalidade irracional nos minutos. No fim, não estou em lugar nenhum.

Por vez ou outra, quando to pensando em não pensar no que me incomoda, me vêm os pensamentos de outras pessoas. Hoje foi a vez do meu pai. Recentemente ele me disse sábias palavras...' minha filha, não existe nada grátis. Se têm alguém comendo, têm alguém pagando.'

Fiquei realmente impressionada. Como ele pode em tão poucas palavras, mostrar tanto da sua personalidade?

Meu tempo passou um pouco mais.

Estava escutando outro dia um cd da Calcanhotto que me deu de volta a lembrança de um poema. Lindo poema.

"Eu não sou eu, nem sou o outro
Sou qualquer coisa de intermédio
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim
Para o outro... "

sexta-feira, janeiro 9

hoje eu vi o céu
e estava tão bonito. será que o meu amor olhou pela janela e reparou em como ele brilhava?

eu ando triste.
caminho.

'eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que não sei o nome
cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores
passeio pelo escuro
eu presto muita atenção no que meu irmão ouve

eu ando pelo mundo
e os automóveis correm para quê?as crianças correm para onde?
eu gosto de opostos
exponho o meu modo, me mostro
eu canto para quem?'



hoje eu tive uma conversa bacana.
hoje eu estava dormindo e senti falta dos braços dele.
senti falta de tanta coisa...

domingo, janeiro 4

Angelatina



Tá fazendo o que em casa?
Por acaso esta doente?
Ver TV é deprimente, não tem nada mais sem graça
Bom de noite é ir pra rua
Mesmo quando está chovendo
Eu que nunca me arrependo
Tá errado, eu tô fazendo
Vai saber o que é normal?
Só que eu posso lhe dizer:
Bom é quando faz mal

20 caixas de cerveja
Um barril de puro whisky
Quilos de carne vermelha
Fique longe não se arrisque
Não importa onde esteja
E sempre onde tem mais barulho, maior cheiro de bagulho
Disso eu me orgulho
Vai saber o que e normal?
E só que eu posso lhe dizer:
Bom é quando faz mal

Conseqüência qualquer coisa traz
Quando é bom nunca é demais
E se faz bem ou mal tanto faz, tanto faz, tanto faz


Matanza.